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2010 ~ Paulo Augusto

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Qual a diferença entre Publicidade e Propaganda?

Certo dia, ouvi uma pessoa perguntando para o seu amigo o seguinte: “por que as faculdades sempre dizem que o curso é de publicidade e propaganda? Não é a mesma coisa”? Nesse momento, parei alguns segundos para refletir sobre a questão. Muita gente, até mesmo quem trabalha na área, não sabe a diferença entre uma e outra.

Puxei pela memória as aulas na faculdade. Na época, o professor tratou logo de identificar os supostos “irmãos gêmeos”. Propaganda é o ato de divulgar idéias, conceitos e valores sem fins lucrativos. Publicidade é fazer isso com objetivo de lucro por parte do anunciante.

Quando alguém pede um minuto da sua atenção para falar sobre a vinda de Jesus, ela está fazendo propaganda da sua religião, pois o único interesse dela é te convencer a fazer parte da Igreja da qual ela participa. Mas se no meio desse discurso aparecer a marca de uma loja de artigos religiosos, transforma-se em publicidade.

Outro bom exemplo é a campanha de combate à dengue. Quando o Governo Federal veicula peças mostrando as formas de prevenção ao mosquito, isso é propaganda. Se a Raid faz o mesmo, é publicidade.



No dia a dia, acredito que essa diferença é irrelevante, afinal os publicitários trabalham com as duas formas de comunicação e em alguns momentos, elas se misturam. O importante é que a mensagem seja passada de forma clara e objetiva.

Por outro lado, é bom ficar por dentro desse assunto, pois é terrível um publicitário não saber diferenciar o que é propaganda do que é publicidade. É o mesmo que trocar o nome de dois gêmeos e não se importar com isso.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

COMO SER UM CONQUISTADOR....ou como deixar de ser um fracassado!!!

Para ser um grande conquistador é preciso:

1. Ter visão CLARA (você realmente sabe o que você quer?);

2. Ter FOCO (NÃO permitir que NADA desvie a sua atenção do objetivo);

3. Não desistir (Tem gente que desiste dos seus sonhos por qualquer coisa!);

4. Estar disposto a pagar um preço (toda conquista tem seu preço).

**Um grande conquistador não desiste NUNCA!!!

**Tem gente que desiste dos seus sonhos por qualquer coisa!

Ouvi esses argumentos (que na minha opinião são totalmente convincentes e coerentes) e apesar de já saber de tudo isso (como você também sabe claro) me senti como naqueles dias em que temos a impressão que a gente acorda, desperta ou simplesmente consegue entender, absorver algo que sempre soubemos e até mesmo aconselhamos os outros a fazer, mas que na verdade não colocamos em prática! E na verdade essa é a diferença entre as pessoas que têm e as que não tem sucesso: COLOCAR O QUE JÁ SABE EM PRÁTICA!

E pensando nisso li um artigo muito interessante que inicia falando sobre como ter sucesso e sobre pessoas vencedoras que foram também grandes conquistadores, porém, ao longo do artigo fala sobre as características de um fracassado:
“- O fracassado sempre espera que alguém lhe mostre o caminho. Ele pergunta a todos ao seu redor o que deve fazer, qual o caminho certo a seguir e não toma a iniciativa de fazer um movimento sequer sem receber um conselho de alguém. Acha que existe uma fórmula certa, um caminho certeiro para o sucesso que algum dia descobrirá levando-o diretamente ao topo.- O fracassado espera sempre que haja alguém para pegá-lo pela mão e guiá-lo pela vida. Está sempre pedindo conselhos, não toma decisões sozinho e se preocupa demais com a opinião alheia.

- O fracassado tem pavor de errar, tornando-se muitas vezes perfeccionista. Fica se torturando pelos erros passados e a cada novo erro fica ainda mais temeroso de tentar novamente.- O fracassado vê obstáculos como fim do caminho e não como algo a ser superado, geralmente desistindo do fim almejado e partindo para outro objetivo, achando que aquele já não pode mais ser alcançado.

- O fracassado tem baixa auto-estima. Idolatra e valoriza as pessoas de sucesso como deuses e mesmo querendo chegar lá, no fundo não se considera digno ou capaz de conseguir.- O fracassado está sempre esperando a condição ideal para começar a agir, mas a hora nunca chega, ele está sempre se preparando.

- O fracassado é reativo, sempre arranja desculpas fora de si para justificar sua situação. Geralmente fala mal do governo, da situação social do país, de algum parente que impede seu crescimento, raramente admitindo que errou. “

O mais triste é que olhando ao redor o que mais vemos são pessoas com estas características. Ávidas consumidoras de livros de auto-ajuda, estão sempre em busca da pedra filosofal do sucesso, sem perceber que o que está errado não é que elas ainda não descobriram o segredo que tanto buscam, mas que seu comportamento as está conduzindo ao fracasso.
Provavelmente todos já ouviram falar ou leram que Thomas Edison era o rei dos erros. Para chegar à lâmpada ele errou milhares de vezes, chegando a irritar e despertar a descrença de seus colaboradores quanto à possibilidade de sucesso de seu novo invento. Ozires Silva, fundador da Embraer lutou contra a pobreza, a descrença e a quebra de expectativa de sua mãe, cujo sonho era de que o filho fosse atendente das Lojas Pernambucanas.

As histórias de sucesso são recheadas de êxito sobre obstáculos quase instransponíveis, força de vontade, ousadia e superação de dificuldades internas. Em nenhum caso de sucesso você descobrirá alguém que leu um livro ou fez um curso e descobriu o segredo e aí então, começou sua escalada ao sucesso. Livros e cursos podem ajudar sim, mas não operam milagres, por isso a enorme descrença quanto aos livros de auto-ajuda que recebem equivocadamente a missão de resolver os problemas de seus leitores. Não há solução em livros e cursos, desconfie dos que apresentam fórmulas e resultados imediatos.

O problema maior está sempre no comportamento da pessoa e nas crenças que ela tem sobre o sucesso. Uma pessoa que se enquadra na descrição de fracassado tem que começar a mudar, em primeiro lugar, a forma de agir e de encarar a busca do sucesso, buscando ser mais autêntico, corajoso, proativo e tentando andar com as próprias pernas através da tentativa e erro, e principalmente, parando de pedir conselhos aos outros ninguém é capaz de saber o que VOCÊ deve fazer com a SUA vida.”

JUST THINK ABOUT IT!!!

TENHA UMA SEMANA ABENÇOADA E CHEIA DE NOVAS CONQUISTAS!

Forte Abraço,
PAULO AUGUSTO

sábado, 25 de setembro de 2010

MARKETING PESSOAL

.....Marketing Pessoal hoje, é a ferramenta mais eficiente de fazer com que seus pensamentos e atitudes, sua apresentação e comunicação, trabalhem a ser favor no ambiente profissional. Além desses detalhes o cuidado com a ética e a capacidade de liderar, a habilidade de se auto-motivar e de motivar as pessoas a sua volta, também fazem parte do Marketing Pessoal.

.....As empresas de hoje analisam muito mais do que sua experiência profissional. A preocupação com o capital intelectual e a ética, são fundamentais na definição do perfil daqueles que serão parceiros/colaboradores.

.....Alguns detalhes merecem atenção especial:

Estar sempre pronto e capacitado para enfrentar mudanças;

Ter consciência da importância da atitude para a concretização de objetivos;

Saber focar os problemas e controlar a preocupação e os sentimentos de frustração e angústia;

Entender e acreditar a própria capacidade de realização e de superação de obstáculos;

Manter-se motivado;

Usar uma forma gentil e atenciosa de tratar as pessoas, de forma que ela trabalhe como seu diferencial;

Seja absolutamente pontual;

Preocupe-se com a objetividade e a honestidade para que você não seja traído com detalhes de menor importância;

Observe com cuidado a roupa que vai usar, adequando-a cuidadosamente à situação e ambiente; ela pode abrir ou fechar portas;

Preocupe-se com o seu linguajar, seu gestual e com o tom da sua voz. Evite gírias ou expressões chulas, controle suas mãos e braços, fale baixo e devagar;

Controle suas emoções mas não as anule, elas são muito importantes para mostrar o seu envolvimento ou comprometimento com o tema que está sendo tratado;

Cuidado com o uso do celular;

Não fale demais nem de menos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

As políticas públicas no Brasil face o wellfare state

A Constituição do Brasil de 1988, trouxe em seus artigos, os fundamentos da República, sendo eles os seguintes: a dignidade da pessoa humana, a soberania, a cidadania, os valores sociais e da livre iniciativa.
Todavia, depois de 20 anos de consagrada a Carta Magna da República, observamos que, nem se firmaram os fundamentos e nem se atingiram os objetivos, salvo no ponto referente ao pluralismo político. Ainda assim, podemos dizer que vivemos em um Estado Democrático de Direito, muito embora a democracia prescinda de igualdade entre as pessoas, o que ainda resta longe de acontecer.

Percebemos, notadamente, que a diretriz maior do povo brasileiro, qual seja a Constituição Federal, ainda carece de cumprimento de objetivos e firmamento de seus fundamentos. Assim, é preciso dizer que o legislador constituinte comprometeu-se em dar efetividade a umEstado Novo, onde a pessoa humana foi destaque.

A Nova República, entretanto, anda em passos lentos acerca das Políticas Públicas, visto que, após 20 anos de vigência, pouco da CF/88, avançou para garantir dignidade às pessoas humanas. O comprometimento dos Poderes Públicos nos parece, ainda não conseguiu ter a visão holística da pessoa como sujeito de direitos, mesmo esses direitos sendo os mais básicos, como saúde e educação.

Com efeito, vale destacar que no Brasil, a administração pública também ainda não conseguiu compilar suas políticas de forma eficiente a garantir essa tão falada dignidade da pessoa humana, pois tudo começa pela previsão das políticas e seus objetivos, mesmo sendo a longo prazo.

É importante como encaramos a administração aditiva no Brasil e em muitos países do mundo. Quando se fala em combate a extrema pobreza dá-se a impressão que existe mesmo, programas extremamente dirigidos a isso. Tudo que se faz neste sentido é sob pressão e com interesses escusos. Se não fossem esses dois fatores, com certeza o mundo seria outro.

Com relação aos dois problemas citados na Sinopse combate à extrema pobreza e a desigualdade de renda, mesmo considerando serem os dois da mesma natureza,o segundo a princípio não chama muito acimae nem pesa muito no sentimento das pessoas, apesar da sua importância quanto ao primeiro, resolver ou acabar com a extrema pobreza seria a coisa mais fácil, porém propositadamente e com interesses meramente politiqueiros ninguém procura resolver.

Com relação à queda da extrema pobreza no Brasil de acordo com os levantamentos provavelmente não foram os programas e sim um desenvolvimento do mundo globalizado, que possibilite o Brasil contrapor mais do mercado estrangeiro explorando em contra partida suas riquezas naturais, O futuro é que é preocupante o texto no item 1 introdução contínua nossas afirmações com relação aos 3 desafios, no terceiro: enquanto não se adotar uma clara opção pelos mais pobres. E é isso que nunca vimos nos políticos.

Realmente, a desigualdade no Brasil é o grande problema e que não vem segundo enfrentado porque a classe política, que ora são os agentes públicos, não vão ao problema-chave digne a sua origem e sim ao choro, onde se vê.

Distribuição e má focalização dos programas sociais são também observações dos estudiosos do problema. Observa-se com facilidade nos dados estatísticos separador por estados brasileiros. Lugares com índice de pobreza muito grande com distribuição de recursos pequenos e sem critérios que garantam o resultado desejado. Podemos observar também as discrepâncias dos programas do Brasil quando comparamos programa para crianças com programa para idosos.

Os resultados nos programas para idosos são mais satisfatórios do que nos programas para crianças. Um aspecto interessante no Brasil é que a população seja ela pobre, extremamente pobre ou até mesmo profissionais das áreas de programas sociais, uma grande parte, não conhecem todosos programas e nem os mecanismos de programas o que permite que uma grande parte dos necessitados fique fora. Isto ocorre porque há uma desorganização com relação à sintonia ou sincronismo dos programas, principalmente ao entrosamento das esferas, federal, estaduais e municipais.

O Brasil, por ser um país grande e de diferenças gritantes de região para região no que concerne as facilidades e dificuldades ao acesso as escolas tende a deixar muita gente de fora dos programas sociais.

Soluções para o problema global não adianta, a pobreza é uma só em qualquer lugar do mundo, mas o tratamento dela varia de acordo com a sua região. Por isso que as políticas têm que ser locais. No Brasil é como se fosse municipalizada e fiscalizada e duas instâncias, estadual e federal. Comparamos aqui também a extrema pobreza com a pobreza. O pobre não significa necessariamente o excluído, ou o necessitado. É um pobre como a grande maioria da população.

Por Welfare State, entende Sonia Miriam Draibe, que no Estado capitalista como uma particular forma de regulação social pelas relações Estado/Economia, Estado/Sociedade e a um dado momento Desenvolvimento Econômico.

O estudo de Sonia Miriam Draibe sobre as políticas sociais brasileiras - diagnósticos e perspectivas analisa a profundidade dos programas sociais. Critica a maioria dos trabalhos que tratam da política social e que não buscam identificar o perfil, o padrão ou o sistema de proteção social. Essa lacuna que falta trabalhar é o que se pretende neste trabalho, examinar as políticas sociais a partir daquelas considerações enfatizando a particularidade de Estado de Bem Estar Social no Brasil.

Na sua análise, divide Welfare State em três tipos, Welfare Residual, Welfare Meritocrático – Particularista e Welfare Institucional – Redistributivo. No Residual o Estado intervém quando necessário, no Meritocrático parte do princípio de que cada uma deve resolver seus próprios problemas e por último no Redistributivo o Estado está realmente a disposição da população para estabelecer formas de equidade e equilíbrio na distribuição de rendas.

Analisando o sistema brasileiro entre os anos 30 e a década de 70 consolidou-se no Brasil um determinado tipo de Welfare, ou um sistema específico de proteção social e foi no período de 1930 a 1943 a criação dos institutos de aposentadorias e pensões e a CLT em 1943. De 1945 a 1964 inovação nos campos de educação, saúde, assistência social e habitação popular. A partir de 1964 são identificados os fundos que apoiarão financeiramente os esquemas de políticas sociais. Já a partir de 1970 por dificuldades de manter os programas o sistema foi classificado como do tipo Mertocrático Parrticularista.

É claro que todos os programas são financiados pela população através dos impostos, porém, alguns além dos impostos têm também uma garantia arrecadadora, como por exemplo a Previdência Social, que muito se reclama sobre um possível déficit, mas que é discutível. No caso da habitação o PIS e o FGTS também se constituem numa grande arrecadação, cujos valores se discutem.

Na visão da autora e da nossa também, o Brasil gasta muito mal no combate a pobreza e a miséria. Os números indicam e os baixos resultados também. O padrão Welfare State que adotamos beneficiam quem menos dele precisam, os 19% mais pobres da população recebem 6% dos benefícios sociais e os 13% de crianças maispobres com idade até 5 anos recebem apenas 7% daquele gasto. Dados de 1986 mostram as famílias com rendimento per capita e um a dois SM e que se apropriavam de 79% da renda beneficiavam-se de 56% do gasto social, enquanto famílias com renda mensal per capita de um quarto do SM participavam em 2% da renda e recebiam tão somente 6% dos benefícios sociais. A maior desigualdade que se observa é nas aposentadorias.

Na Nova República, tão anunciada de 1985, 1986 nada temos a comemorar no que se refere a política social, os resultados foram bastante aquém das metas anunciadas. Só a partir da Constituição de 1988 estabeleceu-se maior objetividade dos programas sem criar ainda mecanismos fortes na distribuição de rendas. A Constituição veio com programas definidos para a proteção a família, a maternidade, a infância, a adolescência e a velhice e ainda a promoção da integração no mercado, a habilitação e reabilitação de pessoas portadoras de deficiências.

A economia capitalista, a bem da verdade, só garantiu emprego a todos em curta fase da sua já longa história e ainda, apenas no centro do sistema internacional por ela organizado. E a diminuição da jornada de trabalho seria a solução para o combate ao desemprego. Diz Gorz:- Para assegurar trabalho a todos ou a muitos não basta crescer a taxas compatíveis. Para que aquela garantia seja cumprida, requer-se em primeiro lugar reduzir a jornada de trabalho, segundo desenvolver possibilidades de trabalho fora do mercado em atividades sem fins econômicos. Essas atividades autônomas que não se confundem com a economia alternativa, submersa ou informal. .

Isto porque a problemática da baixa efetividade das políticas sociais para reduzir a desigualdade de distribuição de renda, seja pela má focalização dos projetos, seja pela falta de dados concretos e estatísticos para análise da eficiência destes projeto, aliado ainda à falta de planejamento global e atuação local, permanecem como empecilhos ao efetivo desenvolvimento do próprio país e de suas políticas sociais.

Dentre os inúmeros fatores de baixa efetividade das políticas sociais brasileiras o texto do IPEA cita: atendimento não integrado; igualdade de oportunidade; coordenação em todos os níveis da federação; interação; homogeneidade regional; participação comunitária e do setor privado. Destes temas destacamos a questão da falta de igualdade de oportunidades.

A questão da "terceirização" da aplicação das políticas públicas através de ONGs é um dos fatores que mais agrava a questão da falta de oportunidades de acesso aos programas. Isto porque as ONGs acabam seguimentando o atendimento aos grupos de determinadas associações, áreas específicas e não de forma plural e integral. Isto quando os recursos não são desviados.

De qualquer forma, as políticas públicas acabam não atingindo as populações em extrema pobreza, mas tão somente algumas camadas que apesar de estarem em situação de pobreza já não estão em situação de miséria.

Basta ver os exemplos municipais de atuação junto à favelas ou área ocupadas que bem ou mal tem alguma estrutura básica de vida, mas deixam a desejar em relação às populações que sequer tem onde viver, sendo estas absorvidas por entidades beneficientes ou igrejas etc.

Outro fator que desequilibra a igualdade de oportunidades é a falta de divulgação eficiente aliada a complexidade e a superposição de programas de âmbito federal, estadual e municipal, principalmente em pequenos e médios municípios, o que contribui muitas vezes que para determinados grupos tenham acesso a mais de um projeto e outros não tenham acesso a nenhum, ou a um programa não adequado às suas necessidades.

Por certo a questão das políticas públicas no Brasil não é simples nem fácil de resolver, mas é perceptível que os vários estudos e análises não estão sendo levados em conta uma vez que desde de Sonia Draibe, passando pelos vários textos do IPEA demonstram que não há por parte dos governos federais, estaduais e municipais uma vontade política de resolver a questão.

Uma das possíveis explicações para isso é que as políticas sociais são muitas vezes usadas como propaganda política de determinado governo e assim todos querem resolver todos os problemas para serem considerados os "pais da idéia", sem preocupar-se se há efetividade real na diminuição da desigualdade de distribuição de renda, ou mesmo se as camadas atendidas são as mais necessitadas.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Luta contra os Vícios

Junji Abe (DEM) é ex-prefeito de Mogi das Cruzes
Homem chega em casa bêbado, espanca a esposa e bate nos filhos. Motorista embriagado perde o controle do carro e atropela pedestres. Overdose de ecstasy mata jovem em festa rave. Criança morre em tiroteio entre polícia e traficantes. Viciado em crack, filho esfaqueia e assalta a própria mãe. Estas e outras tantas notícias ruins, muito ruins, fazem parte da rotina de quem vive em médios e grandes centros urbanos.

Tragédias do gênero têm em comum o mesmo indutor: as drogas. São elas que, depositadas no organismo humano, transformam gente em animal selvagem. Embotam o raciocínio, exterminam toda civilidade e sugam a alma humana, neutralizando qualquer resquício de compaixão, bondade e amor. Desaparecem os bons sentimentos. Em relação aos outros e a si próprio. Com saldo de estragos de maior ou menor proporção, dependendo do tipo e do nível de dependência, todas são prejudiciais à saúde física e mental, ao convívio familiar e ao bem-estar social.

Fique claro que as preocupações vão além dos entorpecentes. Falo do fumo e do abuso de outra droga lícita que facilita a dependência química e a delinqüência na idade adulta, como confirma estudo com 11 mil adolescentes, realizado na Inglaterra. Trata-se da bebida alcoólica. Os riscos aos nossos jovens não se limitam ao território das baladas e muito menos ao período de Carnaval. Estão em todo canto. Até em casa, considerando a influência exercida pelos pais sobre os filhos.
Não falo como moralista de gaveta e nem como alguém que nunca teve um vício sequer. Fui fumante décadas atrás. Eram dois maços por dia e, de tão viciado, não conseguia dormir sem um cigarro nos dedos. Cheguei até a queimar o colchão e, por pouco, isto não virou uma tragédia com incêndio de grandes proporções. Quanto ao álcool, não bebi e não bebo. Meu organismo rejeita qualquer bebida alcoólica, por menor que seja a dose. Aliás, sorte minha. Caso contrário, poderia ser um bebum.Para quem acha inofensivo deixar o filho adolescente beber uma cervejinha, vale o alerta do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. Segundo o levantamento, 48,3% dos adolescentes do País, com idades entre 12 e 17 anos, já beberam alguma vez na vida. Destes, 14,8% bebem regularmente e 7 em cada 100 menores já são dependentes do álcool.

Em outra pesquisa, o fato apurado é ainda mais assombroso: jovens entre 14 e 17 anos são responsáveis por 6% de todo o consumo anual de álcool no País. Intitulado “Distribuição do consumo de álcool e problemas em subgrupos da população brasileira”, o estudo constatou ainda que jovens de 18 a 29 anos consomem 40% do total de bebedores e que os homens representam 78% dos consumidores de bebida alcoólica.

O consumo abusivo de álcool cresceu de 16,2% da população, em 2006, para 18,9%, em 2009. São dados do Ministério da Saúde que considera excessiva a ingestão de cinco ou mais doses de bebida alcoólica na mesma ocasião em um mês, no caso dos homens; ou quatro ou mais doses, no caso das mulheres.

Não por menos, a OMS – Organização Mundial de Saúde estima que, por ano, 2,5 milhões de pessoas morram no mundo por causa do abuso do álcool. No mínimo 320 mil destas vítimas são jovens de 15 a 29 anos.

As consequências funestas do consumo abusivo de bebidas alcoólicas são reconhecidas pelo governo federal que lançou campanha visando conter a ingestão excessiva do álcool para reduzir a violência. Explica-se: levantamento do Ministério da Saúde revelou que um em cada quatro homens abusa do álcool e uma em cada dez mulheres bebe demais. Neste caso, o foco são os adultos. Imagine quão danosos são os efeitos desse comportamento nos adolescentes.

Num lar de família desagregada, é muito maior a probabilidade de um adolescente cair no vício de cigarro e bebidas. Do abuso das drogas lícitas para a malfada estrada dos entorpecentes, basta um passo à frente. É rápido e, na maioria das vezes, sem volta. Daí, para a vida de crimes e de todo tipo de violência, é só uma questão de tempo. Pouquíssimo tempo.

A lei proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores. Na prática, não funciona. Primeiro, porque nem todo comerciante a obedece. Ao mesmo tempo, a fiscalização é falha. Não bastasse, o adolescente sempre tem um colega maior de idade para fazer a compra. De quebra, ainda existem as carteiras de identidade falsificadas. Portanto, a vigilância concreta cabe mesmo à família.

Claro, o Poder Público pode e deve agir para evitar que crianças e adolescentes virem presas fáceis das drogas. Um dos pontos cruciais no processo é implementação de políticas públicas para combater a ociosidade fora do período de aulas.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

COMO DIMINUIR A VIOLÊNCIA?

Junji Abe é ex-prefeito de Mogi das Cruzes
A maré de violência se alastra por todo o País, com um aparato sem precedentes bancado pelo narcotráfico, que redesenhou o perfil da criminalidade ao longo dos últimos 15 anos. Essa rede, endinheirada e armada, encontra na miséria um campo próspero para multiplicar seus elos. Enquanto famílias se decompõem, crianças e adolescentes são presas fáceis do vício. Muitos dependentes viram traficantes. Também é moleza para a bandidagem recrutar agentes entre os desempregados.

Tem mais. Parte da sociedade civil organizada cede à tentação do lucro fácil. Participa de contrabando, lavagem de dinheiro e outras incursões no submundo. Não bastasse, há autoridades e políticos que faturam “caixa 2”, aceitam propina, concedem privilégios e até negociam sentenças judiciais. Para piorar, quase tudo desfila sob o manto da impunidade.

Se a corrupção mina a sociedade, é difícil negar que produza mazelas na atuação de uma pequena parcela de funcionários contratados para zelar não só pela segurança pública, mas também por outras áreas. Há uma efervescente podridão dissipada na sociedade. Assim, presos usam celulares, alguns agentes aceitam suborno ou praticam extorsão e por aí afora.

Cidadãos de bem viram reféns do crime organizado. Mais do que lamentar a sucessão de tragédias, é preciso agir. E rápido. A gradativa reversão desse quadro e o consequente resgate dos referenciais de moral e ética dependem de duas frentes simultâneas de trabalho. Uma sob a batuta do Poder Público. A outra cabe a cada um de nós, cidadãos.

Falando da primeira, é preciso uma grande reforma política abrangendo os poderes Executivo e Legislativo, incluindo questões como fidelidade partidária, fim da reeleição, coincidência de eleições, duração dos mandatos limitada a cinco anos e redução do número de partidos políticos – dos atuais 30 para, no máximo, cinco. Isso neutralizaria o risco de políticas inadequadas, fruto da cobiça pela permanência no poder. Ninguém mais confundiria cargos eletivos com profissão, pois desempenhar a função pública eletiva é essencialmente um sacerdócio.

Só assim teríamos as legítimas reformas que o País precisa nos campos tributário, previdenciário, trabalhista, entre outros, para crescer com justiça social. Isso evitaria também que a relação entre Executivo e Congresso fosse similar a de um balcão de negócios.

Paralelamente, a melhoria da segurança pública exige o trabalho conjunto do governo, nas três esferas. Significa não só aprimorar a atuação das Polícias e o sistema prisional, mas também empreender ações contínuas para prevenção da violência. Como exemplo, cito o trabalho desenvolvido ao longo dos oito anos em que exerci o cargo de prefeito de Mogi das Cruzes. Investimos pesado na educação e no desenvolvimento social, focando ocupação saudável para os menores, incentivo à cidadania e o cultivo da religiosidade.

Visando preencher o tempo ocioso de crianças e adolescentes, estruturamos a rede municipal para que nosso sucessor iniciasse o período integral nas escolas. Os primeiros resultados têm sido excelentes. Além do conteúdo curricular, os alunos permanecem na escola aprendendo artes, praticando esportes e desenvolvendo outras atividades importantes para sua formação pessoal. Ou seja, deixam de ficar à mercê da criminalidade. Este programa também completa a lacuna gerada pela proibição legal do trabalho antes dos 16 anos de idade. Inserido na Constituição para incentivar os menores a estudar, o dispositivo não teve o devido respaldo em investimentos públicos na educação e acabou por instituir-lhes o ócio no horário livre das aulas.

Mas, isso tudo não basta. A derrocada do império da violência exige o empenho de cada indivíduo, partindo do ajuste dos laços com sua família. Tem de dar carinho, dialogar, investir no bem-estar emocional de quem mora com você. É nesse ambiente que se consolidam valores morais. Também é em casa que o ser humano começa sua relação com Deus. Independe da religião. O essencial é a presença de Deus na família. Assim, se aprende a ter fé. E isso faz toda diferença quando chega a hora de lidar com este mundão aqui fora.

sábado, 26 de junho de 2010

Não, a internet não vai nos transformar em idiotas

NÃO.
A internet não está nos transformando em idiotas. É, pelo menos, o que nós mesmos os internautas achamos.

A pergunta era exatamente essa: a internet está nos tornando imbecis? Vou colocar o contexto. Essa é uma discussão que sacode o mundo digital. O escritor e ensaísta Nicholas Carr diz que sim, em seu novo livro, “Rasos: o que a internet está fazendo com nossos cérebros.” Rasos é um eufemismo para idiotas.

O ponto de Carr, e de muita gente. Há uma cultura enraizada no mundo digital que é marcada pela superficialidade, pela brevidade e pela fragmentação. Nada de complexo e profundo, segundo essa visão, sobrevive na internet.

Nossa mente pula de link em link como macaquinhos. E acabamos adquirindo inteligência e conhecimento não muito acima deles mesmos, os macaquinhos.

Mesmo?

Ou será que essa é uma visão turvada pela dificuldade em aceitar e entender uma coisa nova que tem as dimensões de uma revolução? Isso acontece. Na primeira cena de A Cartuxa de Parma, de Sthendal, o personagem passa por Waterloo sem saber o que estava acontecendo ali. Tudo que ele via era um conflito, nada além disso.

Carr pode estar fazendo o mesmo sem se dar conta.

A INTERNET facilita a aquisição e partilha de conhecimento numa escala revolucionária. Google, Wikipedia, YouTube, Facebook, Twitter, os grandes sites de notícias: tudo isso abre para as pessoas uma dimensão inédita de informações. Que, além do mais, têm o mérito milionário de serem gratuitas. Custam um clique.

A profundidade está na internet, à disposição das pessoas. Assim como você entra numa livraria e pode comprar uma revista de fofoca ou Guerra e Paz, você ao se conectar segue o seu caminho natural.

Os grandes sites jornalísticos do mundo, da BBC ao Huffington Post, fazem sucesso por oferecer profundidade para o leitor profundo. Na internet, como em qualquer mídia, o consumidor vai atrás do conteúdo com o qual se identifica. Pessoas intelectualmente mais sofisticadas e exigentes não se satisfazem com textos rasos, para usar uma expressão de Carr.

Os internautas não são uma única tribo. São muitas. Em comum, têm não o laptop, que se torna banal como um rádio ou uma televisão, mas o hábito ancestral de procurar sites em que se vejam espelhados.

Os sites de notícia que não perceberem isso e fizerem os ajustes necessários rapidamente em seu conteúdo virarão pó. Melhor, não deixarão de ser pó.

Quem não quer Alvaro Dias

Informado da opção de José Serra pelo senador Alvaro Dias por causa de um Twitter indiscreto do ex-deputado Roberto Jefferson, o DEM não gostou da decisão, ofendeu-se porque não foi ouvido antes, mas não dá sinais de que vai além de derramar lágrimas protocolares como protesto. Uma parcela do DEM já se conformara com a possibilidade de não fazer o vice e agora aceita a lógica de uma escolha que poderá trazer 3 milhões de votos de vantagem no Paraná. Além disso, caciques do partido sonham com uma fusão com o PSDB no pós-Lula. O problema real é o deputado Rodrigo Maia, presidente da legenda que se especializou em cultivar inimigos entre os próprios aliados. Um deles se chama, justamente, Alvaro Dias. Meses atrás, Rodrigo Maia deu entrevistas dizendo que nunca apoiaria José Serra.

É a economia, estúpido!

Lançada por um marqueteiro de Bill Clinton durante a campanha eleitoral que em 1992 interrompeu um longo reinado republicano na Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, a frase que dá o título à esta nota é uma perfeita descrição do ambiente da sucessão presidencial brasileira.

Às vezes é bom lembrar o óbvio.

Qual a origem do crescimento de Dilma Rousseff? A popularidade de Lula. Qual a razão da popularidade de Lula? O crescimento da classe média, a melhoria na distribuição de renda, a melhoria no emprego. Qual a razão para a ampliação da classe média, a melhoria no emprego e na distribuição de renda? O crescimento da economia.

Nem vou entrar aqui num debate cansativo e fútil sobre quem deveria faturar mais pela boa saúde econômica do país. Os fatos estão aí e as pesquisas deixam claro quem a população considera que respondeu melhor por seu bem-estar.

O importante numa eleição é notar que a economia é parte da realidade objetiva e não pode ser modificada nos meses de duração de uma campanha. Se uma recessão é o inferno nas ambições de todo candidato situacionista, as fases de crescimento são seu paraíso. Isso porque nenhum marqueteiro precisa dizer ao cidadão comum o que acontece no seu bolso e na carteira de trabalho, na hora em que pedem um crédito no banco e no momeno em que trocam de automóvel.

Acho até que por essa razão há vários levantamentos Dilma superava José Serra no voto espontâneo, aquele em que o eleitor declara seu candidato sem que lhe seja apresentada uma lisa de concorrentes para escolher.

Essa situação é que trabalha a favor da candidata Dilma Rousseff e transforma José Serra num concorrente com a difícil missão de tirar votos de eleitores que estão felizes com a vida que levam, a ponto de destinar ao presidente Lula um novo recorde de aprovação popular.

Num esforço para evitar tiros no próprio pé, Serra iniciou a campanha com uma estratégia cautelosa, de quem evita críticas diretas e infrutífera a Lula, concentrando seus ataques em Dilma.

A eleição está longe de ter sido resolvida — mas a pesquisa mostra que uma grande parcela dos eleitores que está contente com a vida que leva já identificou a candidata que pode levar seu voto. Esse o principal valor dos 40% de intenções de voto conguidos por Dilma.

Dilma na frente

Ao apontar uma vantagem de cinco pontos de Dilma Rousseff numa pesquisa de intenção de voto, o mais novo levantamento do Ibope coloca a discussão sobre a sucessão presidencial em bases realistas.

A vantagem de 40% contra 35% confirma que Dilma se encontra em ascensão e sugere que a campanha de José Serra parou de subir e até pode ter começado a cair, o que terá de ser visto com mais clareza nos próximos levantamentos.

Os pesquisadores do Ibope ouviram eleitores que não só puderam assistir — se houve interesse — à propaganda eleitoral do PSDB, na semana passada, mas também passaram a ouvir e ver, no rádio e na TV, aqueles anúncios de 30 segundos que integram a propaganda tucana.

A propaganda era a principal esperança do PSDB para quebrar a subida que Dilma exibia nos últimos levantamentos e retomar a liderança que José Serra exibia poucos meses atrás. Não adiantou.

São números importantes porque tem diversas consequencias políticas. As articulações e alianças de qualquer candidato ficam muito mais fáceis quando ele exibe chances reais de vitória — e emagrecem quando perde fôlego. No estágio atual da campanha, Dilma e Serra disputavam o apoio de legendas oportunistas, aquelas que calculam com frieza qual o concorrente com maior chance de vitória para aderir em troca de cargos num futuro governo.

É claro que depois deste Ibope, cresceram as chances de uma opção a favor de Dilma e diminuiu o poder de atração de José Serra.

Não custa lembrar que este levantamento não encerra uma eleição que sequer entrou em sua fase decisiva, aquela que tem início com o horário político na TV. O Ibope mostra um grande número de eleitores indecisos e ninguém pode acreditar que até o dia da corrida às urnas a campanha não poderá produzir fatos novos, capazes de mudar os humores do eleitorado.

Mas eu acho que a pesquisa do Ibope traduz uma situação que este blogue aponta desde o início: assistimos à uma eleição de continuidade, na qual a população aprova o presidente da República, está satisfeita com o que acontece em sua vida e acha que ela pode ficar ainda melhor no futuro.

A mídia pode achar isso um absurdo, os analistas podem dizer que não há motivo para tanta satisfação mas é assim que a maioria do eleitorado vê a coisa — aparentemente, pelo menos.

Este é o cenário ideal para uma candidatura do governo disputar a eleição — e um cenário complicadíssmo para a oposição tentar ganhar o pleito. Precisa virar o jogo, o que só se consegue com sorte, muita competência — e erros clamorosos no campo adversário.

A vantagem de Dilma está longe de ser uma conquista definitiva de sua candidatura. Há muita campanha pela frente, ainda. Mas os 40 a 35 mostram o tamanho das dificuldades que José Serra terá de vencer para chegar ao Planalto.

O homem de 2 milhões de votos

O Paraná segue na produção da mais tensa novela da campanha. O senador Osmar Dias (PDT-PR) namora José Serra e Dilma Rousseff, mas não aceita casamento com ninguém. Seu irmão Alvaro Dias, que também é senador e tucano, pede a vaga de candidato a vice-governador na chapa do ex-prefeito Beto Richa, do PSDB, e garante que, nesse caso, Osmar sai da campanha e Serra leva uma vantagem de 2 milhões de votos no Paraná. Dá para acreditar?

O vice ideal e o vice possível

A campanha de José Serra ainda não perdeu todas as esperanças de escalar o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) como vice de sua chapa, acrescentando um minuto e 13 segundos à propaganda pela TV. O problema é que, diante do crescimento de Dilma Rousseff, o PP parece cada vez mais tentado pela neutralidade. Há outras possibilidades, também problemáticas. Se nenhuma der certo, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) será o vice. No comitê de José Serra ele é visto como aliado e amigo leal.

A fúria de Goldman

Apontado como padrinho financeiro do projeto do Piritubão, aquele estádio orçado em R$ 650 milhões para sediar – na melhor das hipóteses – três jogos da Copa de 2014, o governador de São Paulo, Alberto Goldman, reage com fúria poucas vezes vista. Diz que não só é contra a ideia, como vai desmentir em público quem insinuar o contrário.

O marido desembaraçado de Marta

O comportamento de Marcio Toledo, presidente do Jockey Club paulista e marido de Marta Suplicy, incomoda aliados de Dilma Rousseff e amigos da ex-prefeita. Toledo tem procurado políticos com insistência e, exibindo um desembaraço que impressiona, convida até quem não conhece para jantar. Petista pelo casamento, só retirou-se de uma reunião do Diretório Nacional depois de ter sido fuzilado por olhares constrangidos.

Procurada pela revista, Marta Suplicy não fez comentários sobre o comportamento do marido. Mas enviou uma nota, que o blogue publica na íntegra:

“A coordenação de minha pré-campanha ao Senado Federal por São Paulo é hoje composta pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, pelo presidente estadual do PT, Edinho Silva, e por Antonio Donato, vereador e presidente municipal de meu partido. Além destes, conto com outros colaboradores filiados e não filiados ao PT. Assim que for homologada como candidata oficial na convenção do PT, que se realizará no próximo dia 26 de junho, pretendo ampliar esta coordenação com dirigentes dos partidos coligados, bem como com outras figuras representativas da sociedade paulista.”

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Entenda o que é a camada pré-sal

Descobertas recentes de petróleo a 7 mil metros abaixo da superfície do mar podem alçar o Brasil a um status de potência petrolífera e econômica

A chamada camada pré-sal é uma faixa de 800 quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura que vai do litoral de Santa Catarina ao do Espírito Santo situada a 7 mil metros abaixo da superfície do mar.


O petróleo encontrado nesta área, que engloba três bacias sedimentares (Santos, Campos e Espírito Santo), é de qualidade superior àquele comumente extraído da camada pós-sal, que fica acima da extensa camada de sal de 2 mil metros de espessura que dá nome às duas camadas.


A Petrobras não descarta a hipótese de que toda a camada pré-sal seja interligada, e suas reservas sejam, como os técnicos chamam, unitizadas, formando assim um imenso campo único de petróleo submerso.


Se as reservas do pré-sal de fato estiverem interligadas, o governo estuda a criação de um novo marco regulatório que estabeleça cotas de extração para evitar que o petróleo seja “sugado” de áreas não licitadas.


As nove áreas de pré-sal já leiloadas na Bacia de Santos também seriam afetadas pela medida. Oito pertencentes à Petrobras e sócios privados e uma à ExxonMobil.


Sócios privados

A Petrobras não perfura os poços sozinha. Das 48 áreas (entre pós-sal e pré-sal) exploradas na Bacia de Santos, por exemplo, só dez são exploradas com exclusividade pela empresa.


A descoberta do campo de Tupi, por exemplo, única área do pré-sal cujas reservas foram dimensionadas por meio de testes de produção até o momento, foi feita por um consórcio que inclui a britânica BG (que vai ficar com 25% do que o campo produzir), a portuguesa Galp Energia (que ficará com 10%) e a Petrobras (que terá direito a 65%). O mesmo acontecendo com os outros campos, com percentuais e empresas diferentes.


Além do Tupi, que só deve atingir seu pico de produção a partir de 2017, já foram descobertos no pré-sal da Bacia de Santos os campos: Iara, Carioca, Júpiter, Caramba, Bem-Te-Vi, Parati, Guará e Ogum.


“Mamute”

Apesar da histeria atual em torno do pré-sal, a discussão sobre sua potencialidade não é nova. Desde meados dos anos de 1970, os geólogos da Petrobras apostavam na existência de um “mamute” de petróleo na camada – forma como são chamados os campos gigantes pelos especialistas –, mas não dispunham de tecnologia adequada para sua prospecção.


No final da década, em 1979, a empresa conseguiu perfurar poços que alcançaram o pré-sal na bacia de Campos, mas as descobertas confirmadas não foram significativas.


As expectativas de se encontrar uma considerável quantidade de petróleo após a camada de sal ressurgiram com mais força em 2005, com o anúncio da descoberta do megacampo de Tupi, uma reserva estimada pela Petrobras de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo.



Números

No momento, há uma enorme especulação sobre quantos barris de petróleo pode conter o pré-sal. Uma estimativa não-ufanista feita pelo Credit Suisse, fala em algo entre 30 e 50 bilhões de barris – o que já aumentaria em cerca de quatro vezes as reservas provadas brasileiras, que contavam com 12,1 bilhões de barris em janeiro deste ano.


Mas os números podem ser ainda maiores. Alguns acreditam que o pré-sal poderia esconder no mínimo 100 bilhões de barris – o que colocaria o Brasil em 6º lugar entre as maiores reservas de petróleo do mundo.


Já outros, como um ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Newton Monteiro, chegam a afirmar que o pré-sal pode guardar 338 bilhões de barris, o que faria do Brasil o maior detentor de reservas provadas do mundo, superando de longe a Arábia Saudita – hoje com 264 bilhões de barris.


Para efeito comparativo, se o preço por barril de petróleo cair para US$ 100 dólares, os 338 bilhões de barris dariam uma renda em potencial de US$ 33,8 trilhões de dólares. Quase três vezes o PIB dos Estados Unidos ou 19 vezes o PIB brasileiro.

Cidade americana ganha réplica do Titanic com direito a iceberg de 10m


Do G1, em São Paulo

Museu de 30 metros de altura e 3 decks abre suas portas em Tennessee.
300 objetos do navio original podem ser vistos em exposição.


Turistas fazem fila para entrar no museu (Foto: Barcroft/Getty Images)

Um museu que reproduz o Titanic abriu suas portas na cidade de Pigeon Forge, no estado de Tennessee (EUA). Com 30 metros de altura e três decks, o local contém 300 peças do navio original e proporciona uma experiência única aos visitantes.
Totalmente interativo, o museu conta inclusive com o grande salão e a escadaria que já foram reproduzidos no clássico filme.
"Queremos proporcionar uma experiência para famílias que querem saber mais sobre aquela tragédia", disse a dono do museu, Mary Kellogg-Joslyn, ao jornal "Daily Mail".
Do lado de fora, uma réplica de 10 metros do iceberg lembra os visitantes do motivo que levou o navio a afundar em 1912. O ingresso custa algo em torno de R$ 35.




Escadaria do navio também foi reproduzida (Foto: Barcroft/Getty Images)

Procuradoria recomenda que Ambev tire comercial do ar após queixa de argentino

PAULO PEIXOTO

O Ministério Público Federal em Minas recomendou à AmBev que retire do ar em 48 horas um comercial da cerveja Skol em que os argentinos são chamados de "maricón".

A recomendação foi feita após um cidadão argentino queixar-se da propaganda.

Segundo o reclamante, a campanha tem conteúdo "ofensivo e discriminatório", argumento acatado pelo procurador Edmundo Dias, da Procuradoria Regional Direitos do Cidadão, que poderá abrir ação civil pública.

"De fato, a propaganda da Skol possui duplo caráter discriminatório, tanto em relação à nacionalidade quanto por seu caráter homofóbico, já que o termo 'maricón' [...] significa maricas, homem efeminado", disse.

O comercial mostra uma lata que, quando aberta, dispara uma gravação; um argentino, ao abrir a lata, é chamado de "maricón".

Dias disse que representou também o Conar, conselho que fiscaliza a publicidade. Procurada, a AmBev não respondeu até as 18h de ontem.

Brasil é próxima potência mundial, afirma bilionário americano

CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK

O bilionário americano Sam Zell, 68, está no Brasil, hoje e amanhã, para expandir os investimentos do grupo Equity International no país que considera a próxima "potência mundial".

"O quanto vamos investir depende das oportunidades. Até hoje, nenhuma foi maior do que o nosso apetite por capital", afirmou Zell à Folha, por telefone, de Chicago.

O grupo de private equity já tem participações em cinco empresas brasileiras, entre elas a Gafisa e a BR Malls, que tem atualmente 35 shoppings em seu portfólio.

Entusiasta do Brasil, Zell atribui ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o reconhecimento do país como "uma das oportunidades mais atraentes do mundo".

O empresário americano minimiza o risco de superaquecimento da economia brasileira. "O país vai muito bem. Prefiro investir em um país quente demais a investir em um país frio", diz.

"Começamos a estudar o Brasil há quase 12 anos. Desde então, houve o reconhecimento [no exterior] da estabilidade fiscal do país", elogia.

"O Brasil elevou as taxas de juros antes de outros países, evitando a hiperinflação que o infestou no passado."

Para o americano, "o Brasil sempre foi reconhecido como tendo enormes recursos e oportunidades, mas, no passado, não soube tirar vantagem disso".

"Nos últimos oito, nove anos, tem havido um novo nível de disciplina, fazendo dele uma das oportunidades mais atraentes no mundo. O presidente Lula focou no crescimento enquanto manteve a disciplina fiscal, para evitar a hiperinflação."

Zell diz achar que, hoje, ""há menos obstáculos para investir no país". "O Brasil está se transformando de um país em desenvolvimento em um país desenvolvido."

A eleição tampouco o preocupa -os dois principais candidatos à Presidência, diz, manterão a política econômica atual.

Ele dá dois conselhos para que o país continue no caminho para se tornar uma potência com liderança mundial: "Manter a disciplina fiscal e continuar a desenvolver os seus recursos e a construir infraestrutura, facilitando os investimentos".

Apesar de o principal foco da sua empresa ser no setor imobiliário, Zell afirma não descartar nenhuma área. Mas, ao final da entrevista, o empresário responde com um rápido ""não" quando questionado se investiria na mídia brasileira.

Uma das grandes polêmicas que assombram sua carreira é a aquisição da Tribune Company, em 2007. No ano seguinte, o grupo, que publica o ""Los Angeles Times" e o ""Chicago Tribune", entre outros veículos, pediu falência.

Com o processo ainda em andamento, Zell recusa-se a comentar o assunto. Questionado se se arrepende de ter investido em mídia nos EUA, diz apenas: ""Não tenho arrependimento nenhum".

sábado, 20 de março de 2010

Você sabia Que:


O petróleo foi encontrado no Brasil pela primeira vez em 1939, em Lobato, próximo a Salvador, no estado da Bahia.


O Português é o idioma oficial de sete países, todos eles ex-colônias portuguesas: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.


A primeira estrada de ferro brasileira foi inaugurada em 1854, com extensão de 14,5km, ligando o porto de Mauá, na baía de Guanabara, ao sopé da serra da Estrela, no caminho de Petrópolis, no Rio de Janeiro.


A árvore mais velha do Brasil é um jequitibá-rosa.


O tráfego de helicópteros em São Paulo é o terceiro maior do mundo.


A formiga consegue levantar 50 vezes o seu peso, puxar 30 vezes o seu peso e sempre cai para o lado direito quando intoxicada.


A pulga consegue pular a uma distância correspondente a 350 vezes o comprimento do seu corpo. É como se um ser humano pulasse a distância de um campo de futebol.


O crocodilo não consegue mostrar a língua.

Sete 7 Maravilhas do Mundo Moderno


Muralha da China

A grande muralha da China foi construída durante várias dinastias da China imperial e demorou cerca de dois mil anos para ficar pronta. A muralha não constitui um muro único, e sim várias partes que se estendem por cerca de cinco mil quilômetros.

A sua função no passado foi de proteger o império Chinês, principalmente da invasão dos Mongóis (etnia que habitava a Mongólia). Cada parte da muralha é constituída por um tipo diferente de material, desde tijolos a granito. Ela ficou pronta no apogeu do império Chinês, na Dinastia Ming, no século XV.
Acredite! A Muralha da China pode ser vista da LUA!



Ruínas de Petra

A “cidade de pedra” de Petra é uma das mais famosas escavações arqueológicas do mundo e está localizada na Jordânia, que faz fronteira com Israel.

A fachada principal possui 42 metros de altura e 30 metros de comprimento e foi esculpida em pedra rosada. Os arqueólogos dizem que a cidade foi esculpida devido aos grandes terremotos que abalavam a região e sempre destruíam as casas dos moradores.


Cristo Redentor

A estátua do Cristo Redentor está localizada na cidade do Rio de Janeiro, no topo do morro do Corcovado, a 709 metros acima do nível do mar. Ela possui 38 metros de altura, sendo 8 em cima de um pedestal. O Cristo Redentor foi inaugurado no dia 12 de outubro de 1931.

Um padre católico propôs a idéia de construir um monumento religioso no local para a Princesa Isabel em 1859. Mas as idéia só foi finalmente colocada em prática no ano de 1921, em comemoração ao centenário da independência brasileira.


Machu Picchu

A cidade dos Incas, Machu Picchu, está localizada no Peru, no topo de uma montanha a 2400 metros de altitude. A beleza arquitetônica e sua localização a transformaram em uma das ruínas mais belas do mundo.

Dizem os historiadores, que a função da cidade era de observar os demais territórios conquistados (por isso ela foi construída em cima de uma alta montanha) e de abrigar o líder do império Inca em caso de ataques de povos inimigos.


Chichén Itzá

A capital do império Maia, Chichén Itzá, está localizada no México e é a principal representação do desenvolvimento arquitetônico desta civilização pré-colombiana. A cidade foi o centro político e econômico dos Maias. A pirâmide de Kukulcán é o símbolo maior da cidade e o monumento mais visitado pelos turistas.


Coliseu

O grande anfiteatro e arena de batalhas conhecido como Coliseu está localizado na cidade italiana de Roma e foi o grande símbolo do Império Romano. Nos tempos áureos, o Coliseu chegou a abrigar cerca de 50.000 espectadores. Ele possui 48 metros de altura e demorou cerca de 10 anos para ser construído.

O Coliseu foi construído para ser o maior palco do Império Romano e principalmente para distrair uma população pobre que habitava a cidade, com duelos entre gladiadores e animais, que representavam a política de “pão e circo” de Roma.


Taj Mahal

O Taj Mahal é um mausoléu e está localizado na Índia. Ele foi construído pelo imperador Shah Jahan em memória a sua esposa falecida. O monumento demorou cerca de 20 anos para ficar pronto e é constituído quase que totalmente por mármore branco. O Taj Mahal é considerado a maior prova de amor do mundo, sendo visitado freqüentemente por milhares de pessoas.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Marketing Político



Introdução

O Marketing Político vem se consolidando cada vez mais como peça fundamental no processo eleitoral. Estes são as técnicas e conceitos mais modernos e eficazes, garantindo uma campanha estruturada, marcante e eficiente.

Uma campanha de marketing político

A eleição


É impossível pensar em eleições, nos dias de hoje, sem pensar numa estrutura de marketing atuando em todos os segmentos do eleitorado.

Propaganda eleitoral deixou de ser apenas o ato de imprimir alguns milhares de folhetos coloridos e pichar os muros da cidade com o nome do candidato.

As campanhas eleitorais deixaram de ser intuitivas e se tornaram racionais, os palpites gratúitos cederam lugar à pesquisa; os temas principais, com determinadas palavras-de-ordem, aparentemente corretas mas aleatórias, agora têm origem em slogans com conceito e estratégia. Enfim: a propaganda política deixou para trás o amadorismo para se tornar profissional.

Comparando com campanhas de produtos e serviços: de um lado está o produto/serviço; do outro, o mercado consumidor. Na campanha eleitoral, de um lado o candidato e do outro os eleitores.

Existem alguns requisitos básicos para o sucesso de uma campanha eleitoral:

1. a existência de planos estratégicos, de orientação geral e detalhamento de atividades, tempo e recursos;

2. a existência de mão-de-obra especializada em propaganda;

3. a existência de um monitoramento durante todo o processo


O Marketing Político

Marketing Político são todos os recursos utilizados na troca de benefícios entre candidatos e eleitores.

Esses benefícios, no sentido candidato-eleitores seriam, essencialmente, as promessas, as vantagens do candidato e a sua linha de comunicação. No sentido oposto, ou seja, eleitores-candidatos, são os votos e as informações necessárias para obtê-los.

Alguns elementos compõem o quadro de planejamento de uma campanha de marketing político:

1. o meio ambiente em que se realiza a campanha eleitoral e que vai proporcionar oportunidades e ameaças ao sucesso de um candidato;

2. a administração da campanha eleitoral, que é a sua principal força de vendas, formada pelo próprio candidato, o seu partido político e os grupos de interesse alinhados com a sua candidatura;

3. o conceito de produto, que é a filosofia política do candidato, a escolha de temas específicos a serem tratados e a definição de suas posições a propósito dos temas. Além da formulação e da adoçäo de um estilo pessoal que conserve e amplie suas qualidades.

4. canais de comunicação e distribuição, que envolvem decisões e ações a respeito da utilização de mídia de massa e seletiva, aparições voluntárias, auxílio voluntário e partidário;

5. segmentos de eleitores diferenciados;

6. acompanhamento e revisão contínua e sistemática de resultados que impliquem em reorientação da campanha.

Além dos eleitores propriamente ditos, há outros grupos que precisam ser estimulados, tais como o partido político, os contribuintes da campanha eleitoral e os grupos de interesse alinhados à candidatura. Para isso, a Assessoria Política da campanha deverá canalizar de maneira adequada o seu potencial em função das necessidades imediatas.

O Candidato

O candidato obtém preferências com base:

no seu nome
no seu talento pessoal em dar início a uma reação emocional
na sua habilidade em utilizar a m’dia de massa
na sua capacidade de se projetar.
Além disso, há todo um processo de desenvolvimento pelo qual o candidato deve passar:
apresentar uma personalidade bem definida. Como acontece com os produtos, uma imagem de qualidade;
ainda na comparação com o marketing de produtos, deve identificar-se com uma instituição que lhe dê apôio e credibilidade: a própria inscrição partidária;
definida a personalidade e colocada esta dentro de um contexto de organização (o partido), o candidato deverá impor a sua marca (o seu nome).
Em resumo, o candidato deve:

planejar formalmente a sua estratégia de campanha, sua postura diante dos problemas, sua propaganda, suas aparições, sua base para a obtenção de fundos, sua monitoria da situação, seus objetivos, sua alocação de recursos e o tempo de que dispõe para obter a aprovação dos eleitores;
construir uma forte organização de ações, capaz de reforçar, durante todo o processo, as posições assumidas durante a campanha eleitoral, sem que ocorra a perda de campos já conquistados.
O candidato e o partido

A importância do partido político no universo do candidato deve ser medida dentro dos seguintes parâmetros:

o partido está para o candidato como a empresa para o produto. Ele significa um sistema que detém um conjunto de recursos para atingir os eleitores. Assim, como não existe produto sem uma empresa que identifique a sua origem, não existe candidato sem partido.
o partido, então, pode ter uma imagem que acrescente ou subtraia. Porisso, é importante saber se o partido agrega imagem positiva ao candidato, assim como o nome de uma empresa de prestígio no mercado acrescenta prestígio a um produto.
Os componentes do marketing político

1. A Pesquisa de Mercado

A pesquisa de mercado procura descobrir o que vai ao encontro dos interesses do eleitor, identificando as suas necessidades, seus desejos e seus valores. Com isso, o candidato pode desenvolver estratégias com uma margem de erro muito menor.

Numa campanha eleitoral, devem ser pesquisados o tamanho do mercado e a sua segmentação, o que qualifica o eleitor, o potencial deste mercado com base em padrões históricos de voto, a opinião dos eleitores em torno de assuntos importantes e sobre posições assumidas.

O resultado da pesquisa pode determinar o próprio conteúdo da mensagem do candidato.

2. O conceito e a estratégia do candidato

O que vincula um eleitor a um candidato é a imagem deste último.

Esta imagem, mesmo quando já existente, pode ser planejada e trabalhada. Por outro lado, é preciso ficar atento a como o eleitor está percebendo esta mensagem. Isto precisa ser sistematicamente conferido.

A imagem planejada de um candidato deve conceituar adequadamente sua maneira de se vestir, suas maneiras, suas declarações e o conjunto das suas ações. O objetivo é que o candidato tenha uma aparência e um comportamento que correspondam à percepção e aos desejos do eleitor.

Para conceituar o candidato e definir sua estratégia:

definir, com base em pesquisa de mercado, um tema para o candidato, em torno do qual o interesse do eleitor será construido.
identificar os principais problemas e a maneira como são encarados e sentidos pelos eleitores;
excluir os conceitos não desejados em razão da personalidade e dos antecedentes do candidato;
testar o conceito escolhido através de pesquisas periódicas;
decidir sobre a adoção de mais de um conceito, sendo um principal e outro, ou outros, secundários, desde que plenamente compatíveis.
3.Estratégia de Comunicação

O conceito do candidato é a base para o plano de comunicação da campanha.

Para um programa de propaganda paga ou gratúita, devem ser tomadas as seguintes providências:

definir a mensagem básica da campanha
definir a melhor maneira de apresentar visualmente o candidato;
definir as pesquisas que serão veiculadas;
definir os veículos adequados para a veiculação;
elaborar os programas orçamentários de produção e veiculação da campanha, que devem ser detalhados toda semana até a data de realização das eleições.
Paralelamente, deve ser desenvolvido um programa de aparições pessoais do candidato. Este programa deve ser controlado pela Assessoria Política.

É preciso ficar atento, neste programa, para as limitações de tempo do candidato. É bom lembrar que o candidato tem, ainda, a responsabilidade de motivar o partido, seus cabos eleitorais e os eleitores comprometidos com a campanha.

4. Programa de Trabalho Voluntário

Inúmeras pessoas devem ser treinadas para compor grupos de trabalho voluntário na campanha.

Entre as tarefas do trabalho voluntário estão as de preparação de eleitores e auxiliares, a participação como oradores para platéias específicas, o envio de malas-diretas, o levantamento e registro de votos, o transporte e alimentação dos eleitores no dia das eleições, entre muitas outras funções.

Para que a Assessoria Política consiga gerenciar bem o trabalho voluntário, deve:

valorizar o partido como centro de decisões
estar sempre motivando os colaboradores;
estabelecer objetivos e metas para a equipe voluntária;
estabelecer um sistema de controle de realizações;
treinar o pessoal e acompanhar de perto o seu trabalho.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

HISTÓRIA DE MOGI DAS CRUZES

Gaspar Vaz foi o fundador de Mogi das Cruzes no ano de 1560. Abriu o primeiro caminho de acesso a São Paulo, dando início ao povoado, que foi elevado à Vila em 17 de agosto de 1611, com o nome de Vila de Sant'Anna de Mogi Mirim. A oficialização ocorreu em 1º de setembro, dia em que se comemora o aniversário da cidade.

Antes da fundação da cidade, o bandeirante Braz Cubas havia se embrenhado pelas matas do território mogiano, às margens do Rio Anhembi, hoje Tietê - o maior rio do Estado de São Paulo, à procura de ouro.

Mogi é uma alteração de Boigy que, por sua vez, vem de M'Boigy, o que significa "Rio das Cobras", denominação que os índios davam a um trecho do Tietê. Quando a Vila foi criada em 1611, devido ao costume de adotar o nome do padroeiro, passou a ser denominada "Sant'Anna de Mogy Mirim".


Mogi da década de 40:
Rua Dr. Deodato Wertheimer - a ligação norte-sul e um dos principais corredores comerciais da cidade, no trecho hoje transformado em calçadão -, traz à esquerda a Igreja do Rosário, que deu lugar a um hotel, e em frente a popular Praça João Pessoa (Gogelis, 1949)

Imagem extraída do livro "Memória Fotográfica de Mogi das Cruzes", de Isaac Grimberg


Na língua indígena, Mirim quer dizer pequeno. Provavelmente, uma referência ao riacho Mogi Mirim. A linguagem popular tratou de acrescentar o termo "cruzes" ao nome oficial da Vila. Era costume dos povoadores sinalizar com cruzes os marcos que indicavam os limites da Vila, de acordo com tese de Dom Duarte Leopoldo e Silva, confirmada pelo historiador e professor Jurandyr Ferraz de Campos.

Mogi das Cruzes começou como um povoado, servindo como um ponto de repouso aos bandeirantes e exploradores indo e vindo de São Paulo.

1531: Martim Afonso de Sousa desembarca na Ilha do Abrigo, junto ao Porto de Cananéia, trazendo consigo a primeira leva oficial de colonizadores, entre os quais os quatro irmãos Antônio, Gonçalo, Catarina e Brás Cubas.

1536: Voltando a Portugal, Brás Cubas recebe, a 25 de setembro, concessão da sesmaria de Jeribatiba - que é outorgada pela esposa de Martim Afonso de Sousa - que alcançava até as áreas ocupadas hoje pela cidade.

1560: Segundo Aureliano Leite, Brás Cubas se embrenha pelo sertão e descobre ouro em vasta semaria que chega quase à margem esquerda do Rio Anhembi (Tietê) - que comunica ao Rei em carta datada de 25 de abril de 1562.

1592: Segundo apurou Frei Thimoteo, falece Brás Cubas.

1601: Fundação da povoação por Gaspar Vaz, que também abriu o caminho ligando a São Paulo de Piratininga.
1611: 17 de agosto: Povoação elevado a vila (o requerimento é aprovado pelo governador Dom Francisco de Souza).

1611: 1º de setembro: Oficialmente instalada com o nome "Vila de Sant'Anna de Mogy Mirim". Mogi torna-se a 17ª vila do Brasil Colonial.
1671: A 17 de agosto é assinado o alvará que cria o município de Mogi das Cruzes.

1677: Convocados pelo procurador do conselho paulistano Brás Rodrigues de Arzão, reúnem-se os representantes das câmaras de Parnaíba e de Mogi das Cruzes com os seus colegas de São Paulo. De Mogi estão presentes o capitão João Dias Mendes e Antônio Pimenta de abreu. Motivo: a Câmara de Ilha Grande mandara uma carta denunicando que o Governador do Rio de Janeiro estava dando carta de alforria a todos os índios que lá fossem ter. Urgia uma providência contra a prática, caso contrário todos os índios iriam ao Rio a fim de libertar-se. Resolveu-se escrever para a sua Alteza pedindo providências. (22 de junho).

1789: A 7 de maio, avisado de que fôra descoberta a conspiração mineira e de que estava sendo perseguido pela polícia, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, homisia-se na casa de Domingos Fernandes, paulista de Mogi das Cruzes, que reside no Ri de Janeiro, à rua dos Latoeiros, hoje rua Gonçalves Dias. Segundo Viriato Correia a casa do mogiano Domingos Fernandes foi cercada por policiais e a prisão de Tiradentes se deu às 9 horas, por uma escolta comandata pelo alferes Francisco Pereira Vidigal.

1855: 13 de março: Mogi das Cruzes elevada a Cidade, pela Lei Provincial n.º 5, derivado do projeto n.º 7 dos deputados Salvador José Corrêa Coelho e Pereira Chaves apresentado à Assembléia Provincial em 1º de março.

1874: 10 de abril: Mogi das Cruzes elevada à condição de Comarca, pela lei n.º 29.

1895: A 2 de abril inicia sua atividade a "Corporação Musical Coelho, Antônio Mármora e Maestro Júlio Ernesto de Oliveira. Sua primeira apresentação faz-se em romaria à Aparecida. São os seguintes os primeiros participantes da corporação: Antônio Martins coelho, Júlio Ernesto de Oliveira, Antônio Mármora, José de Alemida Rosa, Joaquim de Almeida Rosa, Alfredo César, Elieser Arouche de Toledo, Joaquim Batalha, Antônio Ferreira de Sousa, João Muniz, Manuel Pinto de Almeida, Manoel Arouche, Pedrinho Floriano, Savério Larotonda, Jpsé Fernandes, Benedito Fernandes de Siqueira, João de Campos, Benedito Corrêa Netto, Benedito Neves, Salvador Cabral, José de Siqueira Guimarães e Prof. José Narciso de Camargo Couto.
1905: 13 de maio: funda-se a Corporação Musical União Mogyana.

1905: 10 de setembro: sai o primeiro número do semanário "O Malandro", de propriedade do sr. João Junker Filho e gerência do Sr. A. de Oliveira Santos.

1906: 15 de abril: circula o primeiro número do semanári "A Vida", de propriedade de Silva & Sodré. Formato 18x28, com grande margens, 3 colunas de 4 centimetros cada, a partir do n.º 7 esse formato seria aumentado para 26x35, com três colunas de seis centímetros cada. Número avulso, 100 réis.

1906: 19 de julho: publica-se o primeiro número do semanário "O Furo", dirigido por Mello, Mellinho & Mellão.
1908: 12 de janeiro: tornada pública a relação dos integrantes da brigada 149ª da Guarda Nacional, com sede em Mogi das Cruzes. É constituída de três batalhões de dezesseis companhias, além de um estado-maior sob o comando geral do Coronel Benedito José de Almeida. Alguns homens: Capitão Emílio Navajas, Capitão Ajudante Francisco José de Almeida, Tenente Aristóteles de Andrade, Capitão Ajudante Basílio Pinto da Fonseca, Capitão João Elesbão das Neves, Tenete Secretári do Estado Maior Manuel de Sousa Melo Freire, Alferes Adelino Melo, Tenente Secretário Galdino Pinheiro Franco, Alferes Francisco Borges de Siqueira, Teenente Secretário Adelino Borges Vieira, Capitão Joaquim de Melo Freire, Tenente Andronico de Oliveira Lôbo, Tenente Secretário Antonio José de Alcântara Ingliano, 1º Tenente Eduardo Lopes, Tenente quartel mestre Luís Marcondes dos Santos, Tenente quartel mestre Narciso de Melo Franco, Capitão assistente Firmino Ladeira, Capitão ajudante Leopoldo José Sant'Anna, Tenente Coronel Comandante Francisco de Sousa Franco, Coronel Comandante Benedito José de Almeida, Major Fiscal Francisco Pinheiro Franco, Capitão assistente Benedito Borges Vieira.

1910: circula em Mogi o semanário "Procellaria"

1910: 11 de junho: inagurua-se a "Corporação Musical Luso-Brasileira", de que é presidente o sr. João Murta.

1910: 20 de setembro: inaugura-se oficialmente a "Sociedade Italiana G. Garibaldi", de que é Presidente o sr. Fernando Tancredi.

1910: 1º de dezembro: por iniciativa dos srs. Luís Marcondes dos Santos, Benedito Sant'Anna, Martim Cruz e Manuel de Sousa Melo Freirre, realiza-se a primeira assembléia geral para fundação de um Tiro de Guerra em Mogi das Cruzes. A essa assembléia comparecem 105 pessoas e funda-se o Tiro.

1910: 31 de dezembro: o Departamento da Guerra incorpora, sob o n.º 120, da 3.ª categoria, a Linha de Tiro de Mogi das Cruzes.


1912: agosto: Recebe sessenta carabinas "comblain" e quatro "Mauser", o Tiro de Guerra 120 entra em efetivo funcionamento.

1912: 13 de agosto: grande multidão e tôda a colônia portuguesa local homenageia na Estação da Central, a passagem em trem de luxo, do Dr. Bernardino Machado, Ministro Pleniponteciário de Portugal. Toca a Banda União e são pronunciados discursos.

1912: 29 de agosto: para comemorar o término da guerra ítalo-turca, várias festividades são realizadas na cidade, sobressaindo-se as levadas a efeito pela Sociedade de Mútuo Socorro Giuseppe Garibaldi, di que é presidente o s. Fernando Tancredi.

1913: 16 de janeiro: sai o primeiro número do semanário "O Rabisco" que se publicará às quintas-feiras nesta cidade. É seu proprietário o gerente de "A Vida", sr. José Alarico e redator-chefe o Sr. Martorano Sobrinho.

1913: 20 de abril: funda-se o sexteto "Orchestra Carlos Gomes", que toca no Cinema Parque.


1913: 7 de setembro: funda-se em Mogi o União Futebol Clube.

1914: 10 de junho: falece em Mogi um dos homens mais ricos que a cidade já teve: o Dr. Benedito Estelita Álvares. Herdeiro de milionário português que o legitimara, o Dr. Estelita estudou na França, em cuja Univesidade de Sorbonne se formou. Era grande conehcedor de arqueologia, Mineralogia, Zooologia, Botânica, Física e Química, tendo viajado quase todo o mundo. Em sua casa possuía preciosa biblioteca, inclusive com inúmeras obras raras. Casara-se a 10 de janeiro de 1891, num de seus palacetes em São Paulo, com a srta. Maria Cândida Junker, numa festa que embasbacara os meio sociais paulistanos.

1914: 23 dea gosto: funda-se em Mogi a Loja Maçônica "União e caridade IV", subordinada ao Grande Oriente de São Paulo.

1926: 26 de maio: Benedito Olegário Berti, Benedito Augusto de Sant'Anna Andrade, Galdino alves e Francisco Navajas, funda-se em Mogi a "Corporaçã Musical Santa Cecília" - que se inauguraria seis meses depois a 22 de novembro, Dia de Santa Cecilia.

1928: 28 de janeiro: a Rádio Club inicia suas transmissões em caráter experimental.

1930: 12 de junho: o capitão Antenor Bolina, devidamente autorizado pela Prefeitura Municipal e pela Frente Única, inicia o alistamento de oluntários que constituiriam o 1º Batalhão de Caçadores de Mogi.

1930: 15 de junho: segue para a Capital o primeiro contigente de voluntários mogianos, integrado de 79 homens, que se apresenta à Concentraçaõ Dr. Moraes Andrade.

1930: 11 de agosto: chega a noticia do falecimento em combate do Cabo Diogo Oliver, voluntário mogiano à Revolução Constitucionalista.

1930: 14 de agosto: chega a noticia do falecimento em combate, na zona norte, do mogiano Fernando Pinheiro Franco, do Batalhão Piratininga. O enterro acontece no dia 16 tendo seu caixão envolto nas bandeiras nacional e paulista.

1932: 19 de agosto: organiza-se em Mogi a comissão local da campanha do Ouro para o bem de São Paulo - que entra desde logo em atividade. É constituída dos srs. Padre Cícero Revoredo, Presidente; Prof. Aprígio de Oliveira, secretário; Alvarino Bessa, Dr. Jaime T. da Silva Teles, Dr. Gastão Pereira de Sousa, Manuel Pacheco, Dr. Deodato Wertheimer, José Cury Andery, Prof. Benedito Borges Vieira e Joaquim de Sá.

1932: 11 de setembro: a "Corporação Musical Guarani", em sua retreta na Praça Osvaldo Cruz, executa, pela primeira vez, as canções constituicionalistas "Voluntários da Lei" e "Legionários Paulistas", de autoria do maestro Antônio Mármora Filho.

1934: 11 de julho: inaugura-se o Conservatório Musical Carlos Gomes, sob a direção do Mestro Antônio Mármora Filho.

1935: 15 de agosto: falece em São Paulo o Dr. Deodato Wertheimer. Vereador, Presidente da Câmara Municipal, Prefeito e Deputado à Câmara Estadual, pertencente ao Partido Republicano Paulista.

1935: 1º de setembro: comemora-se, pela primeira vez, com várias festividades, a data aniversária da cidade de Mogi das Cruzes. Sai o folehto "Mogi da Cruzes - dados históricos e notas diversas", de 52 páginas e muitas fotografias do historiador mogiano prof. Emilio Augusto Ferreira.

1937: sai o livro "Notas de História Eclesiástica", de D. Duarte Leopoldo e silva, que dedica um capítulo inteiro à História de Mogi. Ele trancreve documetnos do Arquivo da Prefeitura mogiana, revelados por Emili Ferreira.

1944: 30 de novembro: em carta, o Ministro da Guerra comunicao ao sr. João Desambiagio e esposa o falecimento em combate, na Itália, do primeiro expedicionário mogiano: o soldado Américo Rodrigues.

1945: 4 de março: com a participação de grande número de expedicionários mogianos, entre a neve e o fogo inimigo, o 6º. RI da Força Expedicionária Brasileira conquista o Monte Soprasasso, na Itália.

1945: 7 de maio: comemorações do "Dia da Vitória", que marca a queda definitiva de Berlim e o fim da guerra na Europa. As 16:30 horas, sob a direção do Rvmo Pe Lino, vigário da paróquia, tem lugar grande passeata com a imagem da Padroeira do Brasil.

1945: 7 de agosto: ocorrem homenagem aos expedicionários mogianos que chegam à cidade, em trem vindo de Caçapava. Tendo à frente o Tenente Onofre Rodrigues de aguiar e seguidos pelo Tiro de Guerra, autoridades e escolares. Lembrados os que não voltaram: Oto Unger, Américo Rodrigues, Francisco Franco, Antônio Castilho Gualda, Jamil Daglia e Albino César, falecidos, e Hamilton da Silva e Costa, desaparecido.

1950: 7 de setembro: no bairro do Cocuéra, grande número de japoneses de todo o municipio visita o local onde está sendo construiído o "Monte Mogi Hakone" - jardim típico japones.

1951: 2 de janeiro: são chamados os cidadãos da clase de 1932 para exame de saúde, a fim de se inscreverem na primeira turma do Tiro de Guerra 173 que acaba de ser criado em Mogi, em substituição ao TG 120.

1952: 21 de abril: é eleita Rainha da 1ª Festa do caqui a srta. Laura Yoshizaki, que tem suas princesas as srtas. Sachie Nishie, Shizuka Nishimura, Amelia Massuda e Kazuko Kunitomo.
1961: sai o livro História de Mogi das Cruzes, por Isaac Grínberg, fatos relevantes descritos naqui.

A ESTAÇÃO: A estação de Mogi das Cruzes foi aberta em 1875, numa cidade que já existia desde o século XVI. Em 16/09/1929, foi inaugurado um novo prédio, com apenas duas plataformas. Nessa ápoca, Mogi já era extremidade da linha de subúrbios da Central em São Paulo. Em 1956, foi ampliada a estação (com uma plataforma estilo da estação Roosevelt), e reinaugurada em 15/03/1958. Em 1960, com os trens da extinta Central do Brasil, a cidade não estava nem um pouco satisfeita com o transporte: "No setor do transporte coletivo, a Central do Brasil, que conta com cinco estações dentro do município (em 1960), serve a um contingente apreciável de operários e estudantes que fazem o caminho Mogi das Cruzes-São Paulo, pagando Cr$ 3,00 para viajar nos demorados e malcheirosos carroções atados a mais de duas dezenas de trens suburbanos diários" (Revista Brasileira de Geografia, out-dez 1960, p. 576).
ACIMA: A locomotiva Baroneza chega a Mogi das Cruzes trazendo o Presidente da República, Affonso Penna. Como se sabe, essa foi uma das primeiras locomotivas a andar no Brasil, exatamente na primeira das linhas, a Porto da Estrela-Raiz da Serra, em Magé, RJ, em 1854. Nesse tempo nem o trem de subúrbio existia (Arquivo Histórico Municipal de Mogi das Cruzes).


Em 1984 a RFFSA reformou completamente a estação, inaugurando o novo prédio em 20 de agosto, com mais três plataformas e ampli-ação das duas existentes. Desde 1976, não é mais a ponta da linha de subúrbios, que segue até Estudantes, aberta nesse ano para atender à Universidade da cidade. A estação atende hoje aos trens metropolitanos da CPTM. Em 2009, discute-se a retirada dos trens metropolitanos da CPTM para serem substituídos por VLTs a partir de Suzano. Absurdo incomensurável se realmente acontecer.

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Benedito dos Anjos; William Gimenez; Astrea M. Giesbrecht; Revista Brasileira de Geografia, 1960; O Diário de Mogi, 2009; Arquivo Histórico Municipal de Mogi das Cruzes; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação, 1928; Relatórios oficiais da Central do Brasil, anos 1920 e 1930; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)

Mogi das Cruzes é um município brasileiro do estado de São Paulo, na microrregião de mesmo nome, que se localiza aproximadamente a 45 km ao leste da capital do estado, contando com 347.281 habitantes (estimativa do IBGE para 2003). Após a capital, Mogi das Cruzes é o maior munícipio, em área, da Região Metropolitana de São Paulo, com 725,4 km². A densidade demográfica é de 478,74 hab/km². É município desde 1611 e cidade desde 1865.

Aniversário: 1 de setembro
Fundação: 1865
Gentílico: mojiano
Prefeito(a): Marco Aurélio Bertaiolli
DEM, no cargo até 2012

Características geográficas


Área 725,4 km²
População 347.281 hab. IBGE/2003
Densidade 478,74 hab./km²
Altitude metros
Clima subtropical Cfa
Fuso horário UTC -3


Demografia


Mogi das Cruzes acolhe colônias de todos os cantos do mundo, com destaque especial para a colonização japonesa, com uma grande quantidade de "nihon-jin" (japoneses) e seus descendentes, que já estão em sua terceira geração na cidade.

Dados do Censo - 2000

População Total: 330.241

Urbana: 302.116
Rural: 28.125
Homens: 162.636
Mulheres: 167.605
Densidade demográfica (hab./km²): 455,25

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 21,42

Expectativa de vida (anos): 68,50

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,15

Taxa de Alfabetização: 93,50%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,801

IDH-M Renda: 0,767
IDH-M Longevidade: 0,725
IDH-M Educação: 0,910


(Fonte: IPEADATA)

Economia


Mogi das Cruzes é um pólo universitário, contando com duas Universidades de grande porte (UMC e UBC) e uma Faculdade (Náutico), além de fazer parte do conhecido "Cinturão Verde", abastecendo toda a região Metropolitana de São Paulo e do Rio de Janeiro, com sua produção de hortifrutigranjeiros.

O parque industrial de Mogi das Cruzes conta com mais de 400 indústrias de todos os portes e origens, encontrando-se em franca expansão, especialmente no recém implantado Distrito Industrial do Itapeti.

O lema de Mogi das Cruzes é "Construindo o futuro ao lado do cidadão".

Limites


Os limites municipais são Santa Isabel a noroeste e norte, Guararema a nordeste, Biritiba-Mirim a leste, Bertioga e Santos a sul, Santo André a sudoeste, Suzano a sudoeste e oeste, Itaquaquecetuba a oeste e Arujá a noroeste.