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É a economia, estúpido! ~ Paulo Augusto

sábado, 26 de junho de 2010

É a economia, estúpido!

Lançada por um marqueteiro de Bill Clinton durante a campanha eleitoral que em 1992 interrompeu um longo reinado republicano na Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, a frase que dá o título à esta nota é uma perfeita descrição do ambiente da sucessão presidencial brasileira.

Às vezes é bom lembrar o óbvio.

Qual a origem do crescimento de Dilma Rousseff? A popularidade de Lula. Qual a razão da popularidade de Lula? O crescimento da classe média, a melhoria na distribuição de renda, a melhoria no emprego. Qual a razão para a ampliação da classe média, a melhoria no emprego e na distribuição de renda? O crescimento da economia.

Nem vou entrar aqui num debate cansativo e fútil sobre quem deveria faturar mais pela boa saúde econômica do país. Os fatos estão aí e as pesquisas deixam claro quem a população considera que respondeu melhor por seu bem-estar.

O importante numa eleição é notar que a economia é parte da realidade objetiva e não pode ser modificada nos meses de duração de uma campanha. Se uma recessão é o inferno nas ambições de todo candidato situacionista, as fases de crescimento são seu paraíso. Isso porque nenhum marqueteiro precisa dizer ao cidadão comum o que acontece no seu bolso e na carteira de trabalho, na hora em que pedem um crédito no banco e no momeno em que trocam de automóvel.

Acho até que por essa razão há vários levantamentos Dilma superava José Serra no voto espontâneo, aquele em que o eleitor declara seu candidato sem que lhe seja apresentada uma lisa de concorrentes para escolher.

Essa situação é que trabalha a favor da candidata Dilma Rousseff e transforma José Serra num concorrente com a difícil missão de tirar votos de eleitores que estão felizes com a vida que levam, a ponto de destinar ao presidente Lula um novo recorde de aprovação popular.

Num esforço para evitar tiros no próprio pé, Serra iniciou a campanha com uma estratégia cautelosa, de quem evita críticas diretas e infrutífera a Lula, concentrando seus ataques em Dilma.

A eleição está longe de ter sido resolvida — mas a pesquisa mostra que uma grande parcela dos eleitores que está contente com a vida que leva já identificou a candidata que pode levar seu voto. Esse o principal valor dos 40% de intenções de voto conguidos por Dilma.

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